… Por que haveriam os anjos de ser sempre meninos, criaturas imberbes confundindo as estrelas e os dramas; como que rejeitando o tempo que nos amadurece e nos deixa as visões mais terrenas?...
Por que haveriam os anjos de não ter sexo, se neles nós olhamos a pureza que deveria reproduzir-se?...
… Talvez seja uma outra história, em que Deus não entra. Ou, então, os anjos não existem; são a visão aflita de uma espécie-pecado.
Este é um detalhe do meu último trabalho —escultura em gesso—, integrando, com alguns quadros, a "colectiva" da galeria Solar de Santo António, na Rua do Rosário, no Porto.